sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Peter Tosh

Peter Tosh
O lançamento do LP Legalize It (Columbia) trouxe finalmente ao Brasil o primeiro LP solo do homem que representava a própria voz da consciência reggae. Para Peter Tosh, sua missão era “despertar a mentalidade dormente do povo negro de forma construtiva”, como declarou certa vez. Mas a força de sua mensagem ultrapassou esse objetivo e, ao longo dos anos, vem conquistando cada vez mais admiradores.

McIntosh nasceu no interior da Jamaica, no condado de Westmoreland, em 19 de outubro de 1945. Seus pais o abandonaram com a tia-avó quando ele tinha 3 anos. Aos 15 partiu para a capital, Kingston, decidido a tocar a guitarra, teclados e a mostrar o que havia aprendido cantando nas Igrejas de sua terra natal. Acabou se arrumando no famoso gueto de Trenchtown e sentiu na pele. as precárias condições de vida da população negra da Jamaica.

Lá conheceu um certo Robert Nesta Marley, que morava com a mãe e já havia gravado um compacto, de nome Judge Not. Eles resolveram então formar um trio vocal e os dois irmãos mudaram seus nomes para Bob Marley e Bunny Wailer, que juntamente com Peter Tosh fundaram o grupo The Wailers. Por quase dez anos Peter emprestou sua voz grave para a sucessão de hits que os transformariam no mais importante conjunto em atividade na Jamaica. Bob era o compositor mais produtivo, mas algumas canções de Peter se sobressaíram, como “Soon Come”, “Can’t You See”, “400 Years”, “Get up Stand up” (em parceria com Bob) e muitas outras. Depois do já citado Legalize It, que você ouve neste podcast, lançado em 76, Peter tratou de montar sua própria banda, a Word Sound and Power. A espinha dorsal do supergrupo era composta pela dupla Sly Dunbar (bateria) e Robbie Shakespeare (baixo), considerados na época a grande revelação entre os instrumentistas jamaicanos (que a Centopéia Manca utiliza como fundo nos podcast mais atuais, com a música “Jah Jah Man”).

Após a bela repercussão do álbum “Equal Rights”, conheceu Mick Jagger e Keith Richards que estavam bolando seu primeiro selo - o Roling Stone Records - e lançaram 3 álbuns de Peter, fazendo ele estourar no mundo e ter o sucesso que merecia. Por volta de 1981, ele veio ao Brasil, juntamente com Sly e Robbie, para fazer o encerramento do 1º Festival Internacional de Jazz de São Paulo, não sem antes dar um passadinha no Rio e gravar um histórica cena para a novela “�?gua Viva”.

Em 83 Peter reformulou sua banda, passando a contar com o competente baterista Santa Davis e outros instrumentistas do mesmo calibre. Essa formação gravaria os álbuns Mama �?frica, lançado em 1987 (com o mega-sucesso Johnny B. Goode ). Infelizmente neste mesmo ano ele foi assassinado. A história desse covarde assassinato ainda está para ser melhor contada, assim como a de outros artistas jamaicanos mortos em condições misteriosas. A versão oficial conta que tudo teria acontecido durante um assalto planejado por Leppo, um antigo conhecido de Trenchtown que teria contado com a confiança de Peter para entrar em sua casa junto com dois pistoleiros. Um movimento brusco de Tosh (que era faixa-preta de karatê) teria causado os primeiros tiros. Nenhum dinheiro ou objeto de valor foi levado da casa. A polícia só chegou muito depois da fuga dos matadores. Peter já havia sido espancado quase até a morte pela mesma polícia, alguns anos antes. Ele chegou a dar entrada no hospital ainda com vida, mas não resistiu aos ferimentos. A voz mais poderosa do reggae estava definitivamente calada.


Peter Tosh - Legalize It. (clique na imagem para ampliar)

Um comentário:

Unknown disse...

o hopmen é o único animal
q mata pra naum comer é o único
animal q corta a arvore q lhe da frutos o único q sente invéja, ódio ,e outros sentimentos de tipo
por isso esta condenado a morrer
tankyou peter tosh

REPORTAGEM SOBRE O MUSEU DO REGGAE